Muito tem-se falado na quarta revolução industrial[1] e um dos componentes responsáveis por essa mudança é sem sombra de dúvidas o RPA, mas não aquele velho conhecido da área de RH e Finanças, Registro de Pagamento de Autônomo, e sim o Robotic Process Automation. Ahm!!! O que é isso? É de comer ou passar no cabelo? Calma, calma que vou explicar.
O Instituto Information Management, responsável pela promoção do RPA Congress, em sua edição de 2018 (http://rpacongress.com.br/2018/sobre-o-rpa/) informa que RPA é um conceito novo, principalmente no Brasil e conceitua o RPA como um software “robô” que mimetiza ações de usuários (pessoas) interagindo e integrando vários processos realizados dentro de determinada operação.
O RPA é uma ferramenta tecnológica que automatiza partes ou atividades inteiras de processos de negócio, sendo executados por “robôs”, que na verdade são softwares que executam passos através da interação com a interface de usuário da mesma forma que uma pessoa faria. Possibilitando o transporte de dados entre sistemas de forma automática, podendo substituir as tradicionais e mais custosas integrações com API.
De maneira mais simples e direta, podemos dizer que se trata do software como emulador do homem, que imita ou reproduz as funções de um determinado ambiente, baseado na tecnologia de informação.
Mas onde posso usar esse “trem”?
O RPA é utilizado principalmente para automatizar tarefas baseadas em regras e de uso manual intensivo, contudo não está limitado a estes, sendo seu uso observado em tarefas mais complexas com lógica mais avançada, testes de software dentre outros.
O RPA tem se mostrado uma porta de entrada para empresas que pretendem iniciar a sua jornada pela transformação digital de seus negócios. O impacto do RPA já é tão significativo no processo de transformação das empresas que tem sido considerado um fator chave da quarta revolução industrial.
O tema tem ganhado espaço nas mídias e eventos de tecnologia, tanto que a Mckinsey Global-Institute em seu relatório de 2017 aponta para possibilidade de automatização de 43% dos serviços financeiros das empresas, apenas para citar um setor como exemplo.
Empresas de todos os tamanhos devem implementar a automação, pois não fazê-lo significa ser deixado para trás por aqueles que o fazem. A automação em geral se tornará a nova norma e as empresas se perguntarão no futuro como era possível o trabalho sem isso, a exemplo da internet.
Segundo o Gartner as aplicações de RPA estão no auge de suas expectativas à medida em que as organizações procuram maneiras de cortar custos e otimizar o uso de suas aplicações. Além disso, até 2019 as empresas serão beneficiadas pela redução de preços decorrentes de novos fornecedores entrantes neste mercado e ainda que 60% das organizações que faturam mais que um bilhão já utilizam RPA e até 2022, este número crescerá para 85%.
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[1] Quarta revolução industrial – É a forma de descrever a escala e a amplitude da atual revolução tecnológica que irão se desdobrar em mudanças econômicas, sociais e culturais (Schwab, 2016, pg.24).
